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  • Foto do escritorEvatania Azevedo

Sou atenta! Sou eu mesma!



Pra quê? Por quê?

Olá... Hoje quero ser meu exemplo e refletir a partir do livro escrito por Jeff Blume - O Prazer da Terapia, rituais simples para psicoterapeutas. Esses rituais inspiram, psicólogos e terapeutas, sejam de quais áreas sejam, a repensar cada dia, antes de começar um novo trabalho. Acabei de ler e decidi escrever minhas observações sobre o meu processo terapêutico.

Durante este processo terapêutico, muitas vezes, fui acolhida nas minhas vulnerabilidades, fui encorajada diante das oportunidades, fui escutada quando não tinha palavras pra dizer e quando disse com o olhar, o que não podia comprometer com palavras. Eu fui compreendida.


Descobri um labirinto.

E estive em cada cantinho que pude entrar dentro de mim, e assim pude tocar minhas resistências, com amor, com cuidado e respeito. Reconheci em mim um labirinto de forças gravitacionais, no egoísmo, na vaidade, na culpa, no medo, no abandono, na impaciência, no fracasso, na depressão, na solidão... E transitar por este labirinto foi muito duro..., difícil..., assustador..., mas desde que iniciei a caminhada na busca de saídas encontrei ajuda, amenizei a dor quando encontrei companhia que permitiu reparti-la, aprendi que repartir essa dor não prejudicou aquele que estava ao meu lado, porque saber repartir é, e faz parte do aprendizado também. Aprendi a reconhecer o compartilhamento, a parceria, a amizade, o afeto, a compaixão e o amor. Primeiro para comigo mesma e depois para com os outros.


Enxerguei algo numa mensagem.

Quando li em um cartaz publicitário, algo sobre o fato de que os bebês não nascem com manual de instrução para que suas mães possam cuidar melhor deles. Então, associei ao meu próprio desenvolvimento, pois quando eu pensava que era gente grande, e nem sabia o que fazer de minha vida, descobri que meu manual de informações não existia, e aquele que me deram estava todo inadequado.


Procurei a resposta: “Como se aprender a viver? Como se aprende a navegar neste mar chamado vida”?

Neste momento, minha vida já estava em alto mar, eu já tinha trinta anos.

Então, minha terapeuta disse: “É navegando que se aprende a navegar, andando se aprende a andar, é olhando pra frente que determina onde se quer chegar. E vivendo..., se aprende a viver”.

Acontece que mais tarde, tive oportunidades de passar pelos caminhos já antes navegados, reconheci os pontos de encalhe e as correntezas de grande força, vi que aquilo que me assustou tanto em outros momentos, agora sinalizavam como alertas, como recurso de estratégia, sinalizavam como experiências. E fortalecida encontrei o horizonte. Sabendo que ele está lá com certeza, mesmo quando eu não pude vê-lo.


Uhuuu!!! Meu barco agora é mais forte tem uma boa tripulação. Não estou sozinha!

É profundamente gratificante o sentimento de conquista/descoberta de algo que sempre esteve dentro de mim, mas que se não fosse a ajuda das pessoas que amo, e que reconhecidamente hoje eu sei que me amam também, eu não estaria escrevendo estas palavras.


Eu sei que preciso ainda muito mais nesta minha caminhada, pois junto comigo muitos irão alcançar seus lugares de destino. Ainda me vejo dentro do meu navio de viagem pelos oceanos e mares da vida. Sei que ainda passarei várias vezes por águas já navegadas, mas nunca mais será com o medo e a inexperiência da primeira vez. Talvez agora eu possa apreciar melhor a paisagem, ou talvez reconhecer uma melhor rota com aqueles que navegam comigo, e quem sabe, eu possa experimentar a sensação de voar e apreciar do alto aquilo que por vezes me assustou tanto?


Por enquanto, sei que fecho um ciclo de meu processo terapêutico, guardo o aprendizado e inicio uma outra jornada com mais segurança.


Para curar minhas feridas e olhar profundamente para dentro de mim. Porque isso, mostrou-me o quanto caminhei em tão pouco tempo, e senti orgulho dessa longa caminhada. E por incrível que possa parecer, essa longa caminhada trouxe força e coragem pra continuar, sinto e desejo que posso ir além.

Algo morre..., mas algo nasce também, daquilo que morre guardo lembranças e agradecimentos, para aquele que nasce ofereço o ensejo da prosperidade, a expectativa da vitória e a força de vontade de fazer dar certo.


Deixo um agradecimento universal àqueles que estiveram presentes em minha reflexão.

GRATIDÃO!!!

Sempre haverá um novo recomeço!


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