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  • Foto do escritorPaula Vaz

Do tapetinho pra vida



Quando a preguiça bate, movimento é sempre o meu remédio.


Esforço pra sair da inércia. Coragem pra deixar velhos padrões.


Voltei a praticar Ashtanga. Há meses estou estudando a “primeira série”, todos os dias as mesmas posturas de um novo lugar — físico, mental, emocional, espiritual. Engana-se quem pensa que a evolução é linear e só pra melhor.


A repetição tem me levado ao refinamento não só das posturas em si, mas das transições. Como entro, construo o asana? Como saio dele?

Através da atenção plena busco leveza nas passagens, conforto nas permanências.


Dentro e fora do tapete.


O estudo disciplinado e constante leva ao aperfeiçoamento, ao detalhe. Enxergo pequenezas nunca antes observadas. Como distribuir melhor os pesos? Qual minha feição dentro desse asana, consigo sorrir? Respiro? Curto, longo? Como me sinto aqui?


Percebo que sempre tem espaço pra cavar mais profundo, avançar em tantas camadas, grosseiras, sutis.

Basta se dedicar ao estudo, renovar interesse, sair da zona conhecida, enxergar caminhos pra avançar além do desconforto. Mantendo a tensão da corda: se desafiar x se respeitar.


No yoga e na vida.


Quando ensimesmada, estagnada, a vida me apresenta mestres, mentores, disfarçados de professores, amigos. Esses me conduzem quase que sem eu perceber pra novas compreensões.


Quando menos espero, me liberto da preguiça.


Acostumada que estou a cultuar e desenvolver a mente, encontro paz e equilíbrio quando me transporto pro corpo.


Numa imensidão de subjetividades que essa mente até tenta, mas não é capaz de traduzir.

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